Performances Panopticadas
Surveillance Wireless Vj'ing Performance
mm não é confete - Brasil
2003-2006
CCTV Live Remix & A/V interventions
Everywhere you walk there’s something spying you. An electronicmechanic machine eye and behind it there’s another eye – a human eye. And all we have to do is smile: “Smile, you are being taped”.
Bentham – the panopticon inventor – presented his system based in control principles and productivity of a capitalist society. Where you look and are looked. Who’s spy on whom? Who’s chasing who? The panopticon efficacy is achieved when everybody participates of this in some way.
“Performances Panopticadas”, a multimidian art created and developed by the mm não é confete group, referred itself in the image of sandwichs men (“poster-man”, very common in Sao Paulo, people that are used to carry advertising wrapped in the chest). This is the way that art (performance) go out in the streets and become interactive to the big audience, the common people that walk around the city. Instead of force people to go in an art gallery or a museum, art becomes democratic and popular just appearing at the streets.
The reality shows at television today are the the 21th century’s panopticon, an another way of panopticon, where people offer themselves to be watched pursuing Andy Warhols 15 minutes of fame. From the 60’s to the 21th century, let’s say that this notion of 15 minutes changed to 5 seconds. This is the information and control Era allied to spectacle. The late 60’s left strong social-philosophic ideas to us all.
The “Panopticon Manifest” became stronger when we noticed the people interactivity with our performance. This interactivity gave the real meaning to our art and we were positive sure of the meaning of this new era, a mix of two points of view: the Guy Debord view and the Bentham-Foucault view.
In a small LCD monitor images are captured live and mixed in real time and also projected at the same time to the audience. In this space (which can be any place) there are also sound interventions increasing meaning to the art action. The phrase “smile, you are being taped” announces to the audience that all of them become part of this art work. The work in progress “Performances Panopticadas – surveillance wireless vjing performance ” using this urban technology, such as: micro cameras, LCD monitor, wireless transmitters to image and sound, switcher and open source software to edit live images, tries to express and explain itself in a audiovisual performatic way.
If our message at art work “Performances Panopticas” is comprehensive? The sender-receiver interaction becomes the medium, and then is born the work in progress and its concepts.
(2004; translated by Mariana Kadlec)
The performer using a LCD monitor and microcameras working simoultaneously with the VJs, walking around the art exhibition and in the city streets.
A performer walk around carrying an equipment that records the audience. Those images are captured by the portable microcamera and transmitted wireless to the switcher. The VJs use this image mixing with pre rendered films, animations or effects produced by free image softwares and then re-transmit the new composition to the LCD monitor which is being used by the performer (wrapped in the chest).
The audience is capable of seeing themselves in this work and interact directly to it.
The concept and the project was developed by mm não é confete art group, and was exhibited in several arts exhibitions, city streets and electronic parties through the city of São Paulo. It was also exhibited at the 404 International Electronic Art Festival (Argentina), approaching media and audience at interactive level.
The Surveillance Wireless Vj'ing Performance Series
.Performances Panopticadas (04 interventions @ World Cultural Forum, Cervantes Institute and 404 International Electronic Festival-Argentina / june-december, 2004 - performers: Milena Sz. and Ana Paula Miranda);
.Panopticon Manifesto: "surveillance+spectacle=consumption" Remake - the new layout (Digitofagia/VJBR#1, MIS-SP/ october, 2004 - performer: Grazi Olga);
.The Birth of Automaton - Cyborg Panopticando (FILE: International Electronic Language Festival / november, 2004 - performer: Milena Sz.);
.Spectacle-Surveillance Entertainment Intervention (Sunday C lub Gay Party / january, 2005 - performer: Grada);
.The Automata Working-Women (03 intervention-nights @ Lina Bo Bardi Industrial Buildings, 4Hype Cultural Festival / may, 2005 - performers: Sabrina N., Lu Costa, Mari Cavalcante and Monica Rizzoli);
.Panopticon Manifesto Remix: 45 years of Situationist Manifesto - Truck Vj'ing (public a/v live mobile projections in São Paulo buildings - urban intervention / june, 2005 - performer: Lu Costa);
.The Birth of Automaton Remake - Product of Exportation with cellphone devices (NokiaTrends / september, 2005 - performers: Lu Costa and Sura Sepulveda);
.Smile, you are being taped (02 intervention-days @ Free Internet North Zone SP / october, 2005 - performer: Sura Sepulveda);
."surveillance+spectacle=consumption" Pocket Remake (02 interventions @ Peter Weibel Sesc Symposium / december, 2006 - performer: Sayuri).
BIO
mm não é confete art group is formed by women that create, understand and deal with technology, working along with images, sounds, arts in general and urban interventions.
Along the last eight years they developed several works based on cultural activism.
They're based in São Paulo city and graduated in Cinema and Architecture. Their main art-activist works, beyond the "Surveillance Wireless Vj'ing Performance" series, are:
"Panopticon Manifesto Remix: 45 years of Situationist Manifesto - Truck Vj'ing" (public a/v live mobile projections in São Paulo buildings - urban intervention, 2005)", "Diagrama Panóptico ou hypenopticando" (glass videomapping, 2005), "Blind Vj'ing" (free xpression a/v live act, 2005), "Smile, you are being taped" (CCTV installation with sensors, 2004-2006), "Post Panopticon Era: Liquid Rhetoric in Mobile Situations" (digital video, 2007), "Manifest Yourself [Artist is Everybody]" (urban interventions, 2006), "Faces or 15 seconds" (mobile projection a/v live act, 2003).
PERFORMANCES PANOPTICADAS [PORTUGUÊS]
Em uma pequena tela digital imagens captadas ao vivo são mixadas em tempo real e também projetadas em um ‘écran-arquitetônico’ ao público; co-habitam o espaço intervenções sonoras e uma nova maneira de compreensão é então formulada. Esta retórica imagética (a linguagem das imagens), ou melhor, a retórica audiovisual performática apresenta não somente a paranóia do ser-urbano quanto ao estar sendo vigiado como também sua esquizofrenia candente: aí está a metamorfose do homem contemporâneo, o panóptico de um ser no ´novo mundo`, a neurose entre dois séculos (o XX e o XXI), a sedução de vigiar e de estar sendo vigiado constantemente.
A obra work in progress “Performances Panopticadas” tenta – a partir da tecnologia à disposição na sociedade urbana (câmeras de vigilância, tela LCD, transmissores sem fio para imagens e som, mesa mixer) e do uso de software livre também para edição ao vivo destas imagens (vj'ing) – expressar-se num termo audiovisual performático, uma retórica além verbal. Se a filosofia nos traz o pensar-linear, é a arquitetura-fractal que permite a realização não-linear cognitiva: a arte como ação multimidiática de contestação junto à sociedade em que vivemos (a Vigilância aliada ao Espetáculo).
As primeiras performances realizadas constituíram-se referencialmente através do espaço público (ruas de São Paulo) com a utilização de uma placa - típica dos homens-sanduíches - onde eram acopladas três câmeras de vigilância com transmissores sem fio. A partir de outubro de 2004, com inserts no ambiente de arte e entretenimento, o layout da performer é retrabalhado, passando então a carregar somente uma única câmera de vigilância em seu pulso. Ainda no mesmo ano, a performance esteve em Festivais Internacionais de Arte Eletrônica tanto no Brasil quanto no exterior (somando 06 ações em diferentes situações). Já no ano seguinte, 2005, foram oito ações de intervenção com o uso da performance em cinco diferentes espaços na cidade de São Paulo.
Com uma maquiagem que remetia aos autômatos do filme Blade Runner (1982), a performer solicitava a participação do espectador que, desta maneira, transformar-se-ia em interator de um diálogo (discussão) sobre o contexto vivido (experimentado) a partir da utilização de baratas tecnologias de vigilância aplicadas ao espetáculo (ou ao “anti-espetáculo”, como uma geração de artistas – nascidos entre os anos 70 e 80 – chamava a utilização tática das mídias no início deste século). Sempre visando uma troca de ações – reações – entre a performer, o público-participante, a videomaker, as vjs, as imagens e sons em circulação constante, operando um ao vivo entre ruídos, o que dava de certa forma não somente mais credibilidade às imagens, mas talvez ainda mais textura e plasticidade ao jogo de imagens em que aquelas “estáticas” se mesclavam à face e às imagens pré-gravadas mixadas e re-transmitidas em tempo real. Um jogo da representação própria deste “tempo real”: tal jogo de imagens (ou técnica) tem sido chamado ao longo da primeira década deste século tanto de “vj'ing”, quanto “live images”, “live cinema” ou, como o mm não é confete denominava suas ações no decorrer daqueles anos: “vj'ing: arte-conceito”.
O processamento destas imagens (as que chegavam, as que já estavam, as que eram geradas e as que eram transmitidas por rádio-frequência) e dos sons aliados a vozes elaborados para cada ocasião dava-se no “tempo real”. Conceitos sobre surveillance aliado ao espetáculo e ao consumo eram repetidos como mantras para instaurar auto-conscientizações sobre a realidade circundante, enquanto as imagens “vigiadas” ao vivo mesclavam-se a samples de retóricas audiovisuais criando uma narrativa via novas retóricas audiovisuais do “tempo real”, uma narrativa do diálogo, da intervenção de tempos e ressonâncias variáveis.
O diálogo, a partir do feedback com público presente (em participar ou não da “séria-brincadeira”), proporcionava assim os percursos percorridos em determinadas e distintas situações. Se primeiramente o “Manifesto Panóptico” se destinaria a ‘cartilhar’ o que seria uma sociedade da vigilância – pregada de Bentham a Foucault –, foi perante o público, em meio à interatividade de “Performances Panopticadas” que o manifesto proposto (tanto audiovisual quanto impresso) se consolidou.
SOURCE + IMAGES
http://www.manifesto21.com.br